segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Imagem Inicial..

A imagem inicial do blog...agradeço ao meu amigo Diogo Protti que fez pra mim...
Valeu Di...sempre acompanhando as conquistas!!!
Adorei o que fez...faz parecer mais perto dos meus objetivos!!!muito grata!

Patrimônio Histórico : Como Preservar?


Esse ultimo semestre de Faculdade me fez descobrir uma paixão, que acredito eu sempre ter tido mas nunca ter entendido ou estudado como agora. Quando mais nova nos mudamos para São Vicente onde ficamos por três anos e me lembro de visitar alguns patrimônios da cidade, me lembro de ter visto as paredes de taipa preservada em um museu, ( pena não me recordar o nome) achava fascinante mas nunca tinha estudado sua construção que de tao singela carrega uma abordagem histórica maravilhosa .
Ainda  me lembro de olhar casas antigas e pensar nas historias que aquelas paredes carregam, paredes maltratadas pelo tempo e de valor simbólico inestimável. Isso tudo me faz lembrar meus avós e suas historias, e quando penso nisso chego até me emocionar, (o que acontece muito acho que por ser emotiva).
 Como um despertar me vi fascinada por este assunto novamente e quando esse ultimo bimestre fizemos trabalhos sobre patrimônio e conhecemos ainda melhor nossas cidades , acho que descobri uma parte na minha profissão que não sei se um dia chegarei a praticar, mas que hoje ganha peso ,e hoje tenho muita vontade de desbravar essas antigas paredes recheadas de historia.


Posto aqui o artigo feito e entregue à professora Carolina Padreca.


Resumo:
O artigo aborda preservação do Patrimônio Histórico. Ao abordar este assunto, vemos o quanto ele pode ser polêmico, e que grande desafio ele gera. Nossa sociedade sofre tanto com o desgaste destes patrimônios, como também pela falta de informação.
Procurando entender mais deste assunto, nos vemos com possibilidades de gerar soluções, tanto de preservar como resgatar a história de determinado patrimônio.
Como designers de interiores temos a função de contribuir para a não-extinção, bem como de trabalhar uma história transcorrida pelo ambiente e não deixar que ela acabe quando assumir uma nova função.

  
Palavras-chave: Patrimônio Histórico, Restauração, Preservação.

  
            Sabemos que para a ajuda da preservação destes patrimônios encontramos dois órgãos que trabalham diretamente na defesa e preservação destes ambientes: o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Aqueológico, Artístico e Turístico). Estes dois visam a preservação e conservação da nossa história, seja ela registrada em paredes ou em objetos e utensílios de uma época.
           Restaurar é um grande desafio, preservar então, nem se compara, vivemos em uma época em que se fala cada vez mais da preservação e da reestruturação desses patrimônios, o restauro é todo, um estudo de época de conceitos, para se entender o que já ocorreu naquele lugar.
           Há não muito tempo, Joachim Hermann (1989: 36) sugeriu que “uma consciência histórica é estreitamente relacionada com os monumentos arqueológicos e arquitetônicos e que tais monumentos constituem importantes marcos na transmissão do conhecimento, da compreensão e da consciência históricos”. No Brasil, podemos dizer que sentimos falta desse esclarecimento. A preservação destes patrimônios, apesar de diversas cidades serem carregadas de história, ainda não vê isso como importante e parte para a destruição destes bens. Em uma abordagem de preservação temos que pensar na seguinte questão: qual o primeiro passo para a conservação deste patrimônio?
           O primeiro passo viria em âmbito municipal: as prefeituras deveriam ser nossa primeira ferramenta para valorização e aceitação dos moradores ao seu patrimônio ,uma cidade que não reconhece ou não valoriza, só vem a perder cada dia mais suas características, sua história, a cultura empregada, ou os meios de sobrevivência dela, desta forma as novas gerações não saberão o que as anteriores viveram. Depois passando por todas as esferas do poder público, para que seja também de responsabilidade delas a preservação.
          Muitas pessoas que adquirem um prédio hoje tombado como partimônio, não ligam a real importância daquele local e não sabem como lidar ou agir diante de um tombamento. A sociedade nunca teve a consciência de presevar e nem de educar como para a preservação. Hoje, no entanto, muitos destes prédios são entregues à empresas que conseguem trabalhar a manunteção ou apenas dão novas funções à eles, funções que tragam um  novo charme àquele local, acompanhado de suas tradições.
        Mas nem sempre isso é o que acontece. Com um patrimônio entregue às elites, cujas prioridades não contribuem em nada na preservação destes pavimentos arquitetônicos, é retirada sua real importância e transformada em um patrimônio para poucos.
        Aos acadêmicos, cabe a responsabilidade de fiscalizar todos os patrimônios e estar presente, baseando-se em estudos na preservação destes espaços. Na fiscalização e reestruturação, é importante salientar o desafio de propor novas ideias para, cada vez mais, tornar estes prédios atrativos sem tirar suas características, que já são um atrativo.


Bibliografia Consultada
FUNARI, P.P.A. Os desafios da destruição e conservação do Patrimônio Cultural no Brasil.
Trabalhos de Antropologia e Etnologia, Porto, 41, ½, 2001, 23-32.
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Aqueológico, Artístico e Turístico).